Do Design à Engenharia, do ‘pai’ da picape ao primeiro comprador: os bastidores e os segredos de sucesso da nova geração da Fiat Strada.
2 de setembro de 2020 - Ser líder de vendas por 20 anos em um mercado de veículos comerciais tão competitivo como o do Brasil já é uma conquista extremamente difícil. Imagine então criar um novo produto capaz de suceder um case de enorme sucesso como é o da Fiat Strada. Diria ser impossível, se a Fiat já não tivesse vencido esse desafio. Se você já viu a Nova Strada, nem precisava do spoiler para saber, né? Ainda mais por saber que em pouco mais de um mês de seu lançamento, a picape já ultrapassou a marca de 25 mil pedidos, número que as rivais só conseguem alcançar com muitos meses de emplacamentos.
Seguindo os bem sucedidos passos da antecessora, a segunda geração da Strada traz uma série de inovações para o segmento de utilitários compactos, como cabine dupla de quatro portas, cabine plus com o maior volume de carga da categoria (1.354 litros), faróis de LED, quatro airbags, sistema de controle de tração avançado para condições off-road e outras, sem falar no design arrebatador. Mas esses atributos não são os únicos responsáveis pelo fenômeno da Nova Fiat Strada.
“Desde sua primeira geração, a Strada foi um produto pensado para ser aquilo que o consumidor brasileiro esperava: um veículo robusto, de ótimo desempenho e segurança, visando o uso misto entre lazer e trabalho e com uma caçamba e capacidade de carga grandes. Esses fortes pilares contribuíram para fazer dela uma picape de enorme sucesso e continuam sendo a base da Nova Strada. O sucesso de hoje vem sendo aprimorado ano a ano”, afirma Márcio Tonani, diretor de Desenvolvimento de Produto da FCA para a América Latina.
Considerado um dos criadores da Fiat Strada, Tonani faz questão de destacar a contínua dedicação ao aprimoramento de cada detalhe da picape como outro fator decisivo para fazer dela uma campeã de vendas. “Vivencio isso desde 1997, quando eu cuidava da área de carroceria da Strada. Trabalhamos muito no refinamento de calibragem de suspensões, fizemos vários encontros e reuniões entre equipes de várias regiões do país para procurar o mínimo do mínimo detalhe”, declara.
Esse capricho continua no DNA da Nova Strada, sem falar da paixão. “Algo que me chamou bastante atenção no desenvolvimento da Nova Strada foi o quanto as pessoas na FCA gostam desta picape. É um objeto de grande valor para elas. O carinho, a dedicação com a qual o time fez o veículo, a integração da cadeia produtiva desde o início do projeto, tudo isso foi bem marcante. A Strada reforçou o momento de inovação das relações humanas, trouxe consigo todo um modelo novo de inserção de pessoas, multipluralidade de raças e de gêneros”, conta Tonani.
Gerente do Desenvolvimento da Nova Strada, o engenheiro Eduardo Fernandes revela que a picape foi o primeiro produto da FCA na América Latina a utilizar o chamado “Supplier Early Engagement”. “Antes da nomeação dos fornecedores e bem no início do desenvolvimento do projeto, eles nos deram suporte com sua expertise nos seus componentes, e isso possibilitou que a equipe de engenheiros projetasse cada componente utilizando o que temos de melhor no mercado, em nível de materiais e solução técnica, garantindo a alta performance do resultado final.”
Fernandes diz ter muito claro também qual foi o maior desafio no processo de desenvolvimento da segunda geração da Strada. “A cada decisão de projeto, nós sabíamos que não podíamos errar, pois a primeira geração da Strada é líder absoluta no mercado de picapes e um dos veículos com maior índice de satisfação do cliente. Felizmente, acertamos, e o que mais me impressionou foi termos evoluído ainda mais naquilo que a Strada já tem de melhor na categoria, como a suspensão. Conseguimos melhorar a robustez da suspensão e ao mesmo tempo dar ao cliente um veículo equilibrado na condução em estradas”, diz.
Para o engenheiro Vitor Hugo Souza, assistente de desenvolvimento da Nova Fiat Strada, entre tantas tecnologias aplicadas à picape — como controles de tração e estabilidade, assistente de partida em rampa, direção elétrica e o moderno e econômico motor 1.3 FireFly —, a maior evolução foi mesmo a inédita carroceria de quatro portas. “Mesmo com toda evolução de design e conteúdos eletrônicos, o fato de oferecermos ao cliente a usabilidade e conforto das quatro portas é fantástico. Somos o único modelo do segmento a conseguir esse feito, detalhe que mantém a Strada na vanguarda, revolucionando mais uma vez a categoria”, ressalta.
Uma picape desenvolvida totalmente no Brasil, por brasileiros! “Até a nova central multimídia foi feita aqui. A Strada também foi o primeiro veículo a fazer uso das tecnologias avançadas do Virtual Center no Brasil”, acrescenta Souza, referindo-se ao espaço que integra o Centro de Pesquisa & Desenvolvimento Giovanni Agnelli, considerado o mais completo e moderno do setor automotivo na América Latina. “Mais de 90% do desenvolvimento da Nova Fiat Strada ocorreu na realidade virtual, com simulações de durabilidade, ruído, vibração, conforto térmico, aerodinâmica e segurança, dentre outros pontos”, complementa Tonani.