Equipado com motor 1.3 a álcool de 62 cv e câmbio manual de quatro marchas, o Fiat 147 costumava agradar os motoristas pelo rodar macio e também pelo bom desempenho para a época. Essas características, segundo Cotta, que teve o privilégio de dirigir o exemplar raro na pista de testes da Fiat, ainda são perceptíveis. “Este carro preserva sua boa performance característica. As acelerações e retomadas de velocidade são agradáveis e não há qualquer dificuldade para acompanhar o ritmo de veículos mais modernos”.
Emoção, claro, não faltou na experiência de guiar o 147 a etanol 40 anos após seu lançamento. “Dirigi-lo é muito emocionante, pois remete ao período em que eu trabalhava no desenvolvimento do carro a etanol, além de ser uma oportunidade de demonstrar e relembrar todos os momentos que passamos e todo trabalho que fizemos”, declara Cotta.
Na Fiat desde o início da década de 1980, Cotta tem muitos motivos para se lembrar com carinho do “Cachacinha”. “O primeiro veículo zero-Km que eu comprei foi um Fiat 147 a etanol. Portanto, ver em 2019 esse exemplar do primeiro carro a etanol traz uma lembrança muito boa tanto do lado pessoal como do profissional, pelos desafios enfrentados para desenvolver e fazer os automóveis a etanol darem certo no Brasil. Não só deu certo como se provou ser uma tecnologia vencedora”, declara.